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Depressão: a falta de ajuda pode resultar em problemas sérios

Uma doença silenciosa, capaz de abalar com a auto-estima de uma pessoa de tal maneira que, se não tiver apoio psicológico pode dar fim em sua própria vida. Foi o que aconteceu no dia 26 de março com a atriz paulistana Cibele Dorsa, 36 anos (foto), que se atirou da varanda do prédio onde morava, no bairro do Morumbi, na capital paulista.

Foi uma notícia que causou comoção e repercussão pela sociedade em geral, pois as pessoas não podiam entender o que levou uma mulher bonita, rica, famosa e com uma carreira em ascensão (estava em cartaz com uma peça de teatro e escreveu dois livros) pudesse dar cabo de sua própria vida.

Antes de morrer, a atriz deixou uma carta de despedida aos seus parentes, informando que a saudade que tinha de seu noivo, Gilberto Scarpa, que também havia se suicidado dois meses antes era o principal motivo de não querer mais viver.

O que muitas pessoas não compreendem é que a depressão é uma doença séria, que afeta a pessoa de tal maneira de que ela passa a não ter nenhum ânimo para viver. No caso de Cibele Dorsa, vários eventos contribuíram para o agravamento de sua depressão: em 2008 a atriz sofreu um grave acidente de carro que matou seu amigo que estava ao volante e a deixou internada durante meses. Após sair do hospital, a atriz passou por cirurgias e sessões de fisioterapia. Também estava afastada do convívio com seus dois filhos, que viviam com o pai no exterior.

O suicídio de seu noivo Gilberto Scarpa, em fevereiro, foi o acontecimento derradeiro para a atriz, que em seu twitter pessoal declarou de que não tinha mais ânimo para viver. Scarpa se atirou da varanda do apartamento onde vivia com Cibele, que continuou a morar no local após o suicídio do noivo, de onde se jogou também dois meses depois.

Essa tragédia nos leva a pensar nos perigos que a depressão pode provocar, e que não se trata de “frescura”. Segundo o Ministério da Saúde, 10 milhões de brasileiros sofrem de depressão, que é uma doença.

Pesquisas científicas comprovaram alterações químicas que se formam no cérebro da pessoa que sofre de depressão. As substâncias mais alteradas são a serotonina, noradrenalina e dopamina em menor proporção. Elas são responsáveis em transmitir os impulsos nervosos entre as células dos neurotransmissores.

Fatores psicológicos e sociais costumam decorrer da doença e não provocá-la. O que pode acontecer são situações de estresse que podem precipitar a depressão em pessoas que têm tendência para a doença por origem genética. De acordo com o Ministério da Saúde, o índice de depressão na população mundial é estimado em 19%. Isso quer dizer que em algum momento da vida, uma em cada cinco pessoas em todo o mundo passará por depressão.

Especialistas orientam tratamento psicológico tanto em casos de depressão leve ou grave. O importante é que a família deve apoiar e ajudar a pessoa que passa por depressão a reconhecer que o problema está presente e buscar um tratamento especializado, que pode melhorar o quadro da doença.

Conforme especialistas, na maioria das vezes o tratamento da depressão é feito com antidepressivos, o que pode ser desnecessário em alguns casos.


Fonte: Ministério da Saúde

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