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Obesidade ligada à fatores cerebrais

Um novo estudo revela a ligação entre os níveis de açúcar no sangue de pessoas obesas e o desejo por alimentos altamente calóricos, uma descoberta que oferece uma visão sobre porque as pessoas que ficam acima do peso tendem a permanecer assim ou até mesmo ganhar mais peso.

De fato, o cérebro pode levar uma pessoa a comer mais, o que pode aumentar os riscos de se tornar obeso. Ainda não se sabe as causas desse processo, se é uma consequência da obesidade ou se contribui para que uma pessoa se torne obesa. Seja qual for o caso, a pesquisa aponta para a importância de manter os níveis de açúcar no sangue estáveis. O níveis de açúcar no sangue estão diretamente ligados à energia, e esses níveis muitas vezes caem depois do almoço e no meio da tarde. Os níveis de açúcar no sangue também costumam cair na parte da manhã e após comer um alimento com alto teor de açúcar.

No novo estudo, (publicado na revista “Health & Life”) os pesquisadores tentaram descobrir se essas quedas nos níveis de açúcar no sangue afetam pessoas obesas diferentemente do que aquelas que não estão com sobrepeso.

No estudo, a ressonância magnética funcional monitorou o cérebro de 10 pessoas obesas e 10 não-obesas,  ajustando os níveis de açúcar no sangue. Ao mesmo tempo, os pesquisadores mostraram-lhes fotos de alimentos que são alimentos de baixa caloria (frutas, legumes, tofu, soja, saladas) e alto teor calórico (chocolate, fritas, frango frito, bife, sorvetes e muito mais).

Os pesquisadores descobriram que as pessoas obesas tinham menos atividade cerebral na área conhecida como córtex pré-frontal, onde os poderes de inibição (optando por não fazer as coisas) baseiam-se, mesmo quando seus níveis de açúcar no sangue eram normais.

Isso mostra que pessoas obesas podem ter mais dificuldade em lutar contra a vontade de comer, especialmente quando os seus níveis de açúcar estão abaixo do normal. A pesquisa é relevante porque fornece uma maior compreensão de como o açúcar no sangue afeta os hábitos alimentares. Os futuros tratamentos contra obesidade terão que avaliar esses aspectos, só assim será possível chegar em resultados satisfatórios.

No entanto, o estudo não analisou a ligação entre os níveis de açúcar no sangue e a fome. Por isso, para quem acha que manter os níveis de açúcar no sangue estáveis ​​após as refeições irá reduzir a fome, está redondamente enganado.

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