Novas pesquisas sugerem que níveis elevados de colesterol podem aumentar o risco da doença de Alzheimer de forma significativa. A descoberta não prova diretamente que o colesterol elevado causa a doença de Alzheimer, ou que a redução do mesmo poderia diminuir o risco. Além disso, os pesquisadores não encontraram nenhuma ligação entre níveis elevados de colesterol em pessoas com Alzheimer. Ainda assim, os resultados se somam a pesquisas anteriores que tem resistência à insulina ligada à doença de Alzheimer.
O melhor controle de ambos os níveis, de colesterol e da resistência à insulina (dois fatores de risco para doença cardíaca) pode contribuir para a redução desse risco para a prevenção da doença de Alzheimer. Estima-se que 2 milhões de brasileiros sofram com a doença de Alzheimer. Infelizmente, esse número deve crescer para 10 milhões até 2050, com o natural envelhecimento da população. Atualmente, não há nenhuma maneira de prevenir a doença de Alzheimer ou curá-la.
Os pesquisadores estudaram os cérebros de 170 pessoas, 76 homens e 71 mulheres, que viviam em uma cidade japonesa no ano de 1985 , quando foram submetidos a exames clínicos. Todos eles foram submetidos à necropsia, entre 1999 e 2004. Cerca de um terço deles havia sido diagnosticado com demência, apesar de não apresentarem sinais até 1988.
Comparado com as pessoas que apresentavam baixos níveis de colesterol, aqueles com níveis elevados de colesterol estavam mais propensos a ter placas em suas artérias, 62% contra 86%, respectivamente. No entanto, outros tipos de placas (com outro tipo de proteína) não foram mais comuns em pessoas com colesterol alto. De fato, a especulação existente que níveis mais elevados de colesterol na meia-idade, especificamente o chamado “mau” colesterol, aumenta o risco da doença de Alzheimer com o passar dos anos é verdadeira.
Não está claro como o colesterol pode criar placas mais comuns, embora o colesterol seja encontrado nessa forma. É possível que o colesterol elevado possa desencadear um outro processo que seja a causa da doença de Alzheimer, ou promove a predisposição para doença e aumenta o nível de colesterol.
Há uma reviravolta: os níveis de colesterol e obesidade parecem estar presentes em pessoas que têm demência, embora isso possa estar associadp com as mudanças em seus hábitos alimentares. Por isso, uma alimentação saudável e hábitos saudáveis devem ser seguidos, pois só assim estaremos agindo de forma preventiva, não só contra o mal de alzheimer mas contra diversas outras doenças. O estudo foi publicado na revista “Neurologia Ativa”.