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Desfibriladores cardíacos implantáveis podem afetar a vida sexual do pacientes

Ser chutado no peito por um cavalo”,  é como cardiologista Steven Cook (EUA) descreve o que se sente quando um choque desfibrilador é aplicado no coração do paciente. O medo desse choque é o que torna difícil a vida sexual de muitos pacientes que tem estes dispositivos implantados.É um medo legítimo, já que cerca de um quarto dos pacientes com um desfibrilador cardíaco implantável (DCI) vão sofrer um choque inapropriado em um período de té cinco anos.

Quando o ritmo do coração dispara em até, digamos, 170bpm, o dispositivo pode não reconhecer que o paciente possa estar se exercitando ou tendo relações sexuais mais vigorosas. Em vez disso, ele pode interpretar como um ritmo cardíaco anormal. DCIs são pequenos dispositivos alimentados por bateria, usados para prevenir perigosas alterações do ritmo cardíaco (arritmias) em pessoas com doença cardíaca congênita, sobreviventes de parada cardíaca e outros pacientes que estão em risco.
Ao contrário de “pacemakers”, que fornecem apenas pequenos impulsos de eletricidade para manter o coração batendo normalmente, DCIs podem fornecer uma descarga de eletricidade maior quando detectam uma arritmia potencialmente fatal.

Para explorar como a possibilidade de um choque pode afetar vida sexual, Dr. Cook e seus colegas pesquisaram 200 homens e mulheres com doença cardíaca congênita, 50 dos quais tinham um DCI. Os participantes, com idade média de 42 anos, completaram uma série de questionários para avaliar os seus níveis de ansiedade e medo, função e satisfação sexual e depressão.

As mulheres tinham quase o mesmo nível da função sexual, independentemente de terem um DCI. Os homens, por outro lado, tendem a relatar a disfunção erétil leve se tivessem um DCI. Porém, as maiores diferenças na satisfação sexual eram entre homens e mulheres que estavam preocupados com o disparo do dispositivo durante o sexo.

Alguns pacientes não lidam bem com a ansiedade provocada pelo uso do DCI. É importante reconhecer os pacientes e encaminhá-los a um psicólogo ou outro terapeuta que possa resolver seus medos e ajudar a superá-los.

Os médicos podem ajudar os pacientes a entenderem o que está acontecendo do ponto de vista de um cardiologista, no entanto, um psicólogo pode ajudar a lidar com a ansiedade, para que os pacientes se sintam mais seguros para voltarem a ter uma vida sexual ativa. Se os pacientes precisam ter um dispositivo para prevenir a morte súbita cardíaca, é fundamental que o mesmo seja usado, porém, também é muito importante oferecer qualidade de vida para esses pacientes.

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