Medicamentos comumente usados no tratamento do distúrbio de atenção (TDAH) parecem não aumentar o risco de ataques cardíacos e outros problemas cardiovasculares em crianças e jovens, de acordo com uma nova pesquisa realizada na França. O novo estudo foi encomendado por conta de algumas notas que saíram anteriormente, afirmando que tais medicamentos poderiam causar problemas cardíacos significativos.
Segundo a nova pesquisa, o risco de desenvolver problemas cardíacos mediante o uso de estimulantes como a Ritalina, Concerta e Adderall, seria extremamente baixo. Este é o maior estudo sobre assunto já realizado até o presente momento, e é importante salientar que o mesmo fornece informações tranquilizadoras sobre possíveis riscos. E de fato, são informações muito boas, pois há alguns anos atrás, quando tínhamos as notificações saindo e alertando à respeito do uso dessas drogas, não haviam orientações claras sobre quais os pacientes deveriam evitar essas drogas.
Quase 1 milhões de crianças no Brasil tomam remédios controlados para a atenção e hiperatividade (TDAH) a cada ano. As crianças com o transtorno neurocomportamental apresentam níveis excessivos de desatenção, atividade, e impulsividade.
Para a típica criança diagnosticada com o transtorno, se os medicamentos para o tratamento de TDAH parecem ser uma parte importante no regime de tratamento, a preocupação em relação à riscos cardíacos certamente devem ser menores.
Tendo dito isso, é muito importante que cada criança seja avaliada por um médico de confiança, para decidir se os medicamentos são realmente indicados. Há vários anos atrás, alguns relatos de morte súbita, ataques cardíacos e derrames entre os usuários aumentaram a preocupação entre os pais e profissionais de saúde sobre a segurança destes medicamentos, que são prescritos para ajudar as crianças a se concentram. Para tentar resolver a questão, a equipe responsável pelo estudo analisou dados de 1 milhão de crianças e adolescentes, com idades entre 4 e 18 anos.
Os autores concluíram que realmente não havia nenhum risco elevado de problemas cardíacos com estes medicamentos, embora tenham reconhecido a possibilidade do aumento do risco em até 52%. Colocando isso em contexto, mesmo se houvesse uma duplicação, o risco absoluto seria muito baixo.
Os resultados indicam que quando estes medicamentos são adequadamente utilizados e as crianças foram avaliadas adequadamente, não há risco significativo, afirmaram os pesquisadores. Eles acrescentaram que os resultados do novo estudo devem fornecer novas garantias para os pais e profissionais da área da saúde de que esses medicamentos estimulantes não representam um risco cardiovascular significativo.