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Exposição à solventes tóxicos associada ao Mal de Parkinson

A exposição ao tricloroetileno (solvente industrial) parece aumentar o risco de desenvolvimento da síndrome de Parkinson de forma significativa, e a exposição a dois outros solventes também aumentam as chances de desenvolver a doença neurodegenerativa, indica um novo estudo realizado nos EUA. Tal como muitas pessoas que sofrem da doença, tanto no Brasil quanto no resto do mundo, cerca de 30 mil novos casos são diagnosticados no nosso país a cada ano.

Algumas pesquisas sugerem que fatores genéticos e ambientais podem desencadear a síndrome de Parkinson, e vários estudos tem relatado que a exposição à solventes pode aumentar o risco. Neste novo estudo, pesquisadores dos EUA entrevistaram cerca de 100 pares de gêmeos idosos, perguntando sobre suas ocupações de vida e hobbies. Exposição a TCE foi associado a um risco seis vezes maior de doença de Parkinson. A exposição ao percloroetileno (PERC) e ao tetracloreto de carbono (CCI4) também foram associadas ao risco de desenvolver a síndrome de Parkinson.
O estudo foi conduzido por pesquisadores do Instituto de Parkinson em Sunnyvale, na Califórnia, e foi publicado na revista “The Neurology World”.

Essas descobertas, assim como os relatos de casos anteriores, sugerem um tempo de latência de até 40 anos entre a exposição à materias tóxicos e o início da doença de Parkinson, proporcionando uma janela de oportunidade para potencialmente retardar o processo da doença antes que os primeiros sintomas clínicos comecem a aparecer.

Embora este estudo tenha se concentrado na exposição relacionada ao trabalho, os solventes são comuns em águas subterrâneas, solo e também pode estar presente no ar, como é comum nos Estados Unidos. Por exemplo, o TCE é detectado em até 28% dos suprimentos e água potável da nação, de acordo com os pesquisadores.

O estudo também confirma que os contaminantes ambientais comuns podem aumentar o risco de desenvolvimento da síndrome de Parkinson, que sem sombra de dúvidas tem consideráveis ​​implicações para a saúde pública. Todos os três solventes ligados ao mal de Parkinson são usados ​​extensivamente em todo o mundo e TCE é um agente comum em tintas, adesivos, produtos de limpeza de tapete e soluções de limpeza a seco.

No Brasil não é diferente, milhões de quilos de TCE são liberados no ambiente a cada ano. Por isso, é fundamental ficar atento aos componentes químicos de produtos que costumamos usar, pois se não há quem faça um controle de segurança eficaz de tais produtos, nós mesmos temos que fazer, para evitar possíveis problemas à longo prazo.

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