Manchetes recentes relatam diversos casos de intoxicação alimentar causados pelo consumo de alimentos contaminados. Essas notícias são suficientes para fazer até mesmo a pessoa mais intrépida se tornar um pouco paranóica. Isso vem se tornando cada vez mais comum nos dias de hoje, e as notícias que são publicadas não mostram a totalidade do problema.
No entanto, antes de ficar preocupado e adotar uma dieta de “astronauta”, é importante saber que o nosso corpo se defende contra intoxicação alimentar de forma eficaz, e na verdade, são poucos alimentos que podem ser muito perigosos quando não estão em perfeitas condições de consumo. Dentre eles, o mais comum e por conta disso talvez o mais perigoso, é o leite cru.
O leite cru, (quando não houve pasteurização ou homogeneização) supostamente, apresenta mais bactérias e enzimas benéficas em relação ao leite processado, mas a ciência ainda não provou quaisquer dessas alegações.
O leite cru pode ser contaminado de várias maneiras, como ao entrar em contato com as fezes da vaca ou bactérias que vivem na pele das mesmas, a partir de uma infecção do úbere da vaca, equipamentos sujos, entre outros. O processo de aquecimento especial que conhecemos como a pasteurização é a única forma eficaz de matar a maioria, senão todas as bactérias nocivas, que podem incluir salmonella e listeria.
Entre 2006 e 2010 houveram 94 surtos de intoxicação alimentar causados pelo consumo de leite cru, resultando em 1.230 doenças, 321 hospitalizações e 8 mortes.
O leite cru é responsável por quase 30% das hospitalizações provocadas por intoxicação alimentar. Por conta disso, a venda de leite cru para os consumidores deve ser estudada e monitorada. Cada vez mais chegam aos nossos ouvidos notícias de intoxicação causada pelo consumo de alimentos que estavam fora da validade, por isso, devemos sempre estar atentos ao prazo de validade dos alimentos, cor, cheiro e consistência dos mesmos, dessa forma reduzimos o risco de consumir alimentos estragados ou contaminados.
Outro fator importante é o processo de industrialização, pois os alimentos recebem diversos conservantes químicos para garantir uma validade maior. Esse problema se potencializa quando a quantidade ou a qualidade desses conservantes não respeitam o que foi estabelecido por lei, o que acaba colocando nossa saúde em risco. Por isso, é muito importante que nós mesmos façamos o controle dos alimentos que compramos, verificando a origem e a qualidade dos mesmos.
Dessa forma estaremos agindo de forma preventiva, garantindo a nossa saúde e a saúde de nossa família.