Um novo estudo descobriu que as mulheres negras e hispânicas com câncer de mama sofrem mais estresse do que mulheres brancas. Os pesquisadores afirmam que existe uma relação entre o estresse e tumores mais agressivos. Entretanto, os autores do estudo alertaram que a pesquisa é preliminar e não fornece números exatos sobre os níveis de estresse das mulheres, por isso, não se sabe se esses níveis já eram altos antes do diagnóstico ou se aumentaram após o diagnóstico.
Os dados encontratados no novo estudo (publicado na revista “Vida Saudável) explicam porque o câncer de mama geralmente é mais agressivo em mulheres negras e hispânicas. Há uma possível razão para isso, entre tantos fatores, podem haver diferenças nas consequência que o estresse causa, influenciando no câncer de mama de forma diferente em pessoas diferentes. Os pesquisadores examinaram cerca de 1.000 pacientes com câncer de mama que haviam sido diagnosticados com a doença.
De dois a três meses após o diagnóstico, as mulheres responderam a perguntas sobre os seus níveis de estresse, níveis de ansiedade, solidão e medo. Os pesquisadores também usaram testes médicos para examinar a agressividade dos tumores das mulheres. Cerca de 11% das 400 mulheres brancas que participavam do estudo, atingiram um nível de estresse elevado.
No entanto, os níveis de estresse foram duas vezes mais altos em relação aos dois grupos minoritários: 24% das 190 mulheres hispânicas e 22% das 420 mulheres negras referiram estresse elevado. (Outros grupos minoritários não foram incluídos no estudo).
De fato, a ligação entre o câncer e o estresse é real, no entanto, ainda não sabe qual seria o fator primário ou se ambos aparecem ao mesmo tempo. Estudos anteriores já haviam revelado que o estresse severo e o isolamento social impulsionam o risco de câncer de mama.
Os pesquisadores afirmaram que para que seja mostrada claramente uma associação entre os níveis mais elevados de estresse e o de câncer de mama, os pacientes deveriam receber acompanhamento médico por muitos anos antes do diagnóstico. Só assim seria possível ver se os pacientes com níveis mais elevados de estresse desenvolveram cânceres mais agressivos. Mesmo que o estudo não tenha apresentado dados detalhados, é fato que o estresse pode servir de “gatilho” para o desenvolvimento de muitas doenças.
Por isso, se o trabalho e o dia a dia lhe deixam estressado, é importante buscar acompanhamento médico, para que tratamentos sejam encaminhados de acordo com a necessidade do paciente. Mudanças no estilo de vida, como prática de excercícios físicos e uma aliementação balanceada são sempre bem vindas e apresentam bons resultados contra o estresse.