A tricomoníase (doença sexualmente transmissível) pode ser muito mais comum entre mulheres mais velhas do que mais novas, por isso, os médicos estão recomendando exames de rotina para mulheres sexualmente ativas, com idade à partir dos 40 anos. É comum associarmos incidência de DST aos jovens, porém, os resultados de vários mostram claramente que o número de mulheres mais velhas com tricomoníase é muito alto. Tricomoníase é causada pelo parasita “trichomonas vaginalis”, é uma das DSTs mais comuns no mundo inteiro.
Estima-se que 173 milhões de pessoas em todo o mundo são infectadas a cada ano. Uma nova pesquisa revelou que mulheres negras apresentam probabilidade três vezes maior de serem infectadas do que mulheres brancas (21% contra 5%). Os autores do estudo especulam que as diferenças sócio econômicas, educacacional e cultural poderiam explicar essa desigualdade.
A infecção é facilmente curada com antibióticos, porém, se não for tratada, a tricomoníase pode levar a problemas de saúde graves, como doença inflamatória pélvica, parto prematuro ou complicações durante a gravidez.
No estudo em questão, 7.593 mulheres inglesas (com idades entre 18 e 65 anos) foram analisadas. As pesquisas mostraram que 9% tinham tricomoníase, sendo que a doença foi muito mais prevalente entre as mulheres mais velhas. Cerca de 14% das mulheres com 50 anos ou mais, tinham o parasita. As mulheres na faixa dos 40 anos, estão logo atrás, com uma taxa de infecção de 11%. Já mulheres na fixa dos 20 anos, apresentaram uma taxa de infecção de 8%.
As infecções por tricomoníase podem ser combatidas com antibióticos. Estes números elevados realmente indicam que as mulheres mais velhas precisam fazer exames ginecológicos regularmente, afim de se certificar de que não estão infectados e não irão contaminar outras pessoas.
Pessoas infectadas podem não apresentar sintomas, normalmente, é comum a eliminação de secreção (geralmente esbranquiçada) pela vagina ou pênis, irritação ao urinar e prurido genital. Os autores do estudo acrescentaram que as agências federais devem exigir que a tricomoníase deva ser classificada como outro tipo de DST, tais como clamídia e gonorréia.
Dessa forma, as autoridades de saúde pública podem controlar e prevenir a doença de forma muito mais eficaz. As mulheres correm mais riscos de infecções por DST em relação aos homens, pois a vagina é um orgão interno, o que facilita a entrada e permanência de diversas bactérias. Todavia, os homens também devem ser examinados e tratados, para que o risco de infecção seja menor, especialmente em situações que envolvem múltiplos parceiros sexuais. Os especialistas afirmam que a pesquisa apresentada em reuniões é considerada preliminar.