Dezembro não é apenas o mês do natal, do verão e das férias. Os noticiários têm sido tomados por tragédias que ceifam diariamente a vida de pessoas que moram em áreas de risco, além da tristeza de ver várias famílias desabrigadas e desalojadas por conta das fortes chuvas que ocorrem nessa época do ano.
E para a angústia daqueles que escapam com vida dessas situações de calamidade, resta ainda o perigo do contágio de diversas doenças que se alastram devido aos alagamentos e enchentes. Saiba agora como evitar algumas delas.
O risco de contaminação
É comum ver pessoas transitando pelas ruas em dias de chuva e alagamentos, muitas vezes por ser inevitável a escolha de algumas vias nas cidades que enfrentam as fortes chuvas que assolam várias cidades do Norte, Nordeste, Centro-Oeste e Sudeste do país.
Homens e mulheres que muitas vezes estão retornando de seus locais de trabalho e se deparam com ruas tomadas pelas águas pluviais, misturadas ao transbordo das redes de esgoto entupidas – e, nesses casos, por culpa da própria população, que em sua maioria descarta o seu lixo de forma irresponsável pelo chão.
Com a água das chuvas misturada à dos esgotos, o risco de contaminação por doenças provenientes de pragas que habitam os subterrâneos das cidades é potencializado e essa água repleta de lama muitas vezes invade casas e carrega consigo diversos micro-organismos nocivos à saúde do homem.
A leptospirose, por exemplo, é transmitida pela urina do rato, e uma das doenças que mais acometem as pessoas que entram em contato com a água das chuvas; além da febre tifoide, causada pela bactéria Salmonella, da hepatite A e da diarreia aguda.
Por esse motivo, o ideal é evitar o contato com as águas das chuvas, e, caso ele ocorra, lavar todos os objetos que foram contaminados com cloro, a fim de eliminar os micro-organismos. Também é de extrema importância o uso de repelentes nos dias posteriores aos alagamentos e enchentes e evitar alimentos que tenham tido contato com a água suja das chuvas.
Cuidados na limpeza dos locais após as enchentes
O ideal a se fazer para a própria proteção é utilizar botas de cano alto ou botinas que protejam as pernas, além de manter as mãos calçadas com luvas. Não havendo esses itens disponíveis, recomenda-se o uso de sacos plásticos duplos para a higienização dos locais invadidos pelas águas contaminadas.
Além disso, muitas prefeituras oferecem o serviço de descontaminação com hipoclorito de sódio. Consulte os serviços municipais de saúde de seu estado.