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TDAH – Porque algumas crianças não respondem bem ao tratamento?

Um novo estudo realizado por cientistas americanos, afirma que crianças com variantes genéticas específicas respondem melhor ao tratamento com drogas metilfenidato (Ritalin/Concerta), que geralmente são usados para tratar o déficit de atenção e hiperatividade. A descoberta pode ajudar a melhorar o tratamento do TDAH, de acordo com o os pesquisadores do Hospital Infantil de Cincinnati.

Os médicos ainda não descobriram uma maneira eficaz de prever se criança irá obter uma  grande melhora nos sintomas de TDAH com o uso de determinado medicamento, por isso, atualmente usam uma abordagem de tentativa e erro. Infelizmente, como resultado, encontrar um tratamento eficaz pode levar um longo tempo, o que de fat0 não é bom para uma criança, principalmente aquelas que já estão na escola e já recebem algum tipo de cobrança.

É necessário saber mais informações sobre os genes que podem estar envolvidos na resposta para o melhor tratamento contra o TDAH, dessa forma será possível prever o curso do tratamento, a abordagem para adaptar os tratamentos para cada criança, melhorar a resposta dos sintomas, além de diminuir os custos dos cuidados de saúde.

Os pesquisadores analisaram 100 crianças com TDAH (de 7 a 11 anos) e descobriram que aquelas que apresentavam variantes específicas do transportador de dopamina (DAT) e do receptor de dopamina D4 (DRD4), apresentaram uma melhora significativa na hiperatividade e impulsividade depois de tomar metilfenidato do que aquelas sem as variantes do gene. Especificamente, as crianças com a variante DAT e o gene DRD4, apresentaram melhores resultados  com o uso metilfenidato do que aqueles sem as variantes.

O estudo foi publicado dia 21 de outubro, no Jornal da Academia Americana de Psiquiatria Infantil e Adolescente. No entanto, novas pesquisas em um número maior de pacientes são necessárias para confirmar estes resultados e seus significados clínicos, informaram os pesquisadores. Dessa forma, será possível encontrar respostas mais abrangentes, o que com certeza facilitará a descoberta de tratamentos mais eficazes.

O transtorno do déficit de atenção e hiperatividade é muito comum, cerca de 6% das crianças em fase escolar são portadoras do TDAH, sendo que, em até 50% desses casos o transtorno pode se estender até a vida adulta. É importante destacar que apesar de existirem fatores genéticos como principais causadores do TDAH, o ambiente em que a criança vive também pode contribuir no desenvolvimento do transtorno. Por isso, é importante manter um ambiente tranquilo e familiar em casa, evitando brigas e discussões desnecessárias.

Gene associado ao declínio da função intelectual

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