As dores na coluna atingem cerca de 80% da população adulta do Brasil, segundo dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Para aliviar o alcance desses problemas, a medicina tem avançado e desenvolvido técnicas para beneficiar os pacientes.
Muito comum em países da Europa e também nos Estados Unidos, os procedimentos invasivos está se difundindo por aqui. Trata-se de métodos mais brandos que os tradicionais, que tratam o problema sem perder a eficácia.
Anteriormente, as práticas cirúrgicas na coluna aconteciam pelo ato de retirar a pressão da área, fixando-a em seguida. De acordo com o neurocirurgião Marcelo Perocco, componente do Grupo de Técnicas minimamente Invasivas da AACD (Associação de Assistência à Criança Deficiente) esses procedimentos causavam muito tempo para a internação e também para a recuperação, já que atingiam e agrediam os tecidos da região.
Para tratar a hérnia de disco o especialista recomenda uma técnica por endoscopia. A cirurgia acontece da seguinte forma: através da punção, o disco, que está comprimindo o disco é retirado. O tamanho da hérnia determina o tamanho da punção, que varia entre 3 e 7 mm.
O dr. Marcelo Perocco explica que a retirada do disco podem ser realizada, em qualquer altura da coluna, tanto cervical, quanto lombar e torácica, através de radiofrequencia, jato d’água e laser
Em caso de fraturas osteoporóticas, que acontece na maioria dos casos, com pessoas idosas, a sifoplastia e a vertebroplastia são os métodos indicados pelo médico. Através da punção e da aplicação de uma injeção de cimento ósseos as fraturas podem ser tratadas. As duas técnicas deixam para trás o método anterior, que usava parafusos e dificultava a recuperação do paciente.
O estreitamento do canal lombar dificulta atividades como manter-se de pé e sentar-se e acontece quando os nervos são comprimidos pelo desenvolvimento dos ligamentos, de forma desordenada. Para reverter esse quadro, o canal é expandido através de espaçadores interespinhosos dinâmicos.
Essa cirurgia demora cerca de 60 minutos, frente a 4 horas, quando comparada com as práticas anteriores, que fixava parafusos e hastes e retirava tecido de ligamentos e da parte óssea do paciente.