Nos nossos tempos, vem se desenvolvendo gradativamente na sociedade humana, a consciência da importância da alimentação como processo de manutenção da saúde. Embora, a alimentação esteja ainda, fortemente pautada no “prazer de comer”, as pessoas já tem pelo menos uma noção, à guisa de informações ventiladas pelos meios de comunicação de massa, de doenças que podem se desenvolver através de uma habitual alimentação desregrada.
Mas, o que é uma alimentação equilibrada? Qual a melhor dieta, de tantas e tão variadas em concepção e regras? O que significa uma “alimentação correta”? Existe uma dieta que serve para manter a saúde de todas as pessoas?
A impressão que temos é que basta mantermos os níveis sanguíneos corretos de colesterol, triglicérides, glicose e outras substâncias relacionadas à alimentação para a conquista da saúde perfeita. Na mesma linha de pensamento, o consumo do número ideal de calorias, bastaria para manter a forma perfeita. Mas, quem já se aventurou por esse caminho espinhoso ä procura da alimentação ideal, sabe que os resultados não são tão matemáticos como prometem e que cada um de nós tem hábitos alimentares cultivados desde a infância e que, via de regra, não foram adquiridos visando a saúde, simplesmente. Por outro lado, vivemos numa época conturbada, onde o estresse psíquico e físico é uma constante, na luta pela sobrevivência e pela conquista de bens de consumo e qualidade de vida, gerando grande ansiedade, considerada hoje, como uma das principais causas da obesidade. É um grande paradoxo, que na busca pela “qualidade de vida” a vida vá passando… Sem qualidade alguma.
A pergunta que fica é: Qual é a dieta ideal?
Infelizmente, não existe! Não existe uma dieta ideal para todas as pessoas. Existe sim, uma forma de se alimentar individual, que varia conforme as características constitucionais de cada pessoa, seus possíveis desequilíbrios físicos e psíquicos, seu estilo de vida e as variações de clima a que está submetida. É o que nos diz a Medicina Tradicional Chinesa.
Diferentemente de nós ocidentais, que apoiados na lógica do pensamento cartesiano, nos voltamos para o conhecimento profundo dos processos de adoecimento do organismo, visando a descoberta de meios eficazes de combater as doenças, os orientais, baseando-se na observação da natureza dos processos cósmicos e do ser humano, preocuparam-se em descobrir formas de os organismos preservarem a harmonia e o equilíbrio, conservando assim, a saúde. Desta forma, toda filosofia e conhecimento médicos orientais visam, em primeiro plano, a manutenção da saúde e depois, o tratamento dos desequilíbrios conforme a evolução do processo de adoecer.
Dentro deste contexto de pensamento, presume-se que há mais ou menos quatro mil anos, começou a desenvolver-se a Medicina Tradicional Chinesa.
O pensamento chinês – “esperar ter sede para cavar um poço, pode ser muito tarde”- reflete toda a visão preventiva desta medicina, sob todos os aspectos.
Fonte: Dra. Rita Maria Chaves de Córdova