Conheci um professor que passou por uma fase difícil em sua vida, por ter perdido a esposa com quem viveu por mais de vinte anos. Após alguns meses de profunda depressão, percebi uma mudança gradativa em sua auto-estima, senso de humor, disposição, criatividade, vitalidade, comunicação, enfim, meu professor recuperou e me atrevo a dizer que até melhorou sua qualidade de vida e relacionamento no ambiente de trabalho.
Procurei a explicação para essa mudança tão positiva e me surpreendi com a resposta: ele entrou numa escola de dança de salão. Isso mesmo. Por indicação de um amigo, ele resolveu sair da rotina a qual estava preso e atendeu aos convites para aprender a dançar. Fiquei sabendo que, no começo, representava apenas entretenimento e uma experiência nova para levar em sua extensa lista de atividades. Aos poucos, o aprendizado foi dando lugar ao prazer e bem-estar causado pelo ritmo frenético da salsa, merengue, valsa, música country, forró, samba-rock e outros que tivesse oportunidade de aprender. As amizades se multiplicaram pela sua vibração e alegria de viver. As boas companhias dos bares e festas que recebiam essa simpática classe de pessoas jovens com mais de quarenta anos, fez desse professor uma pessoa contagiante e incrivelmente cativante em todos os aspectos.
A dança estimula o funcionamento do lado esquerdo do cérebro, responsável pela criatividade, pelo senso artístico e inovador. A movimentação estimulada pela música exercita os braços, pernas e tronco, ativando a circulação e músculos. O prazer proporcionado na dança relaxa a mente e fortalece o poder de concentração nos momentos que o trabalho exigir maior atenção. As relações interpessoais são grandemente facilitadas pelo bom humor e desenvoltura, já que a dança, muitas vezes, necessita de um par do sexo oposto para interagir. A timidez é reduzida e a autoconfiança permite grandes conquistas no ponto de vista sentimental.
A dança mexe com a alma e com o corpo. Não podemos ficar indiferentes ao bom ritmo que a nossa cultura possui e a musicalidade e beleza do nosso povo. Quem não mexe o pezinho ou balança os dedos ao ouvir aquela música, que pode não ter uma letra profunda, mas que seu ritmo deixa aquela frase na cabeça por um bom tempo.
Muitos filmes e documentários mostram que a dança é um ótimo aliado do ser humano para enfrentar o dia-a-dia, seja como profissão, seja como terapia ou só por divertimento, as danças representam a expressão corporal da alma. O corpo gosta da música e reage de forma espontânea ao convite de movimento e balanço.
Vamos dançar?