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A criança diante da morte

A dor da perda de um ente querido pode causar consequências permanentes na vida de uma pessoa, deixando cicatrizes profundas e dolorosas. Ao contrário do que se possa imaginar, a dor da perda pode afetar uma criança de forma significativa, mesmo quando não existem sintomas aparentes. De fato, os efeitos negativos provocados pela morte do pai ou da mãe em crianças e adolescentes podem desaparecer ao longo do tempo para a maioria, mas em alguns casos os efeitos podem ser prolongados, levando à depressão.

Inicialmente, os pesquisadores analisaram cerca de 200 crianças e adolescentes (entre 7 e 18 anos), que haviam perdidos seus pais, por causas naturais ou acidentes. Em 59% dos casos, os efeitos causados pela perda diminuiram significativamente entre o 9° e 21° mês após a morte de seus pais, e em seguida, mantiveram-se baixos. Em 31% dos casos, esses efeitos aumentaram nove meses após o ocorrido e depois diminuiram após o 33° mês.

Em 10% dos participantes, os efeitos foram altos nos primeiros nove meses e mantiveram-se elevados após o 33° da perda de seus pais. Os pesquisadores descobriram que indíces mais altos foram associados aos efeitos causados pela morte acidental dos pais, sendo mais comum a depressão em um curto espaço de tempo.

Eles também descobriram que 10% dos jovens que apresentavam ansiedade e tristeza (que não diminuiu em 33 meses) foram mais propensos a ter depressão, sendo muito comum o surgimento de estresse pós-traumático.

A depressão era mais provável entre as crianças e adolescentes cujos pais sobreviveram e posteriormente vieram a falecer. Esses indíces também eram mais altos em crianças que sentiam que outras pessoas foram responsáveis ​​pela morte dos pai, ou quano as mesmas experimentaram outros eventos de vida desafiadores desde a morte dos pais.

Essas descobertas têm importantes implicações clínicas sobre as intervenções e os esforços de prevenção. O estudo foi publicado na revista “Healty & Life”. É necessário avaliar o cônjuge sobrevivente e intervir quando for necessário, para melhorar a qualidade de vida das crianças e dos pais. É muito importante ficar atento a qualquer mudança no comportamento das crianças, pois eles indicam os efeitos do trauma.

Em muitos casos, principalmente quando as crianças ainda são menores, não existem sintomas, no entanto, isso não significa que não há nehum trauma. De fato, é uma situação delicada, pois geralmente, os pais que perderam seus conjuges não tem condições psicológicas de ajudarem seus filhos da forma certa, por isso, é aconselhável que tanto as crianças quanto os pais sejam acompanhados por psicólogos ou psiquiatras.

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