A gravidez é segura para a maioria das mulheres que são portadoras de lúpus (estável), indica um novo estudo. O lúpus é uma doença inflamatória crônica que pode afetar muitos órgãos do corpo, causar artrite, fadiga e erupções cutâneas. O lúpus tem sido conhecido por causar complicações para as mulheres grávidas. A doença ocorre principalmente em mulheres, muitas vezes emergentes em seus 20 e 30 anos de idade, fase em que a maioria das mulheres desejam ter filhos.
Neste estudo, os pesquisadores identificaram algumas complicações durante a gravidez causadas pelo lúpus, mas também descobriram que a maioria das mulheres com lúpus tiveram gestações bem sucedidas. O estudo incluiu 500 mulheres com lúpus, que foram acompanhadas a partir do seu primeiro trimestre de gravidez até três meses após o parto. Em média, o lúpus destas mulheres foi relativamente inativo. Apenas 65 mulheres apresentaram alguns problemas relacionaodos ao vírus, incluindo 30 mulheres que deram a luz no oitavo mês de gravidez ou tiveram recém-nascidos abaixo do peso normal.
Entre elas, 15 mulheres perderam o bebê. Cerca de 10% das mães desenvolveram pré-eclâmpsia, 12% sofreram erupções leves ou moderadas provocadas pelo lúpus. Problemas mais graves provocados pelo lúpus ocorreram em menos de 3% das mulheres.
Os pesquisadores também descobriram que 20% das mulheres que tiveram complicações durante a gravidez estavam mais propensas a certos fatores de risco, como: níveis mais altos de atividade do lúpus, anticorpos elevados (que podem aumentar as chances de desenvolver um coágulo de sangue) e saúde geral frágil.
O fato de que 80% das mulheres do estudo tiveram gestações bem sucedidas deve tranquilizar as mulheres com lúpus que desejam ter filhos, disseram os pesquisadores. No entanto, eles acrescentaram que suas descobertas sugerem que estas mulheres devem ser alertadas de que o melhor momento para engravidar é quando o lúpus é estável ou quando não estão enfrentando um surto da doença.
Este estudo é muito extenso, inclui as minorias raciais e étnicas, forneceram evidências de que as mulheres que conceberam enquanto sua doença era estável ou levemente ativa, apresentaram erupções relativamente pouco frequentes durante a gravidez e tiveram partos saudáveis. De fato, independentemente da gravidade da doença no passado ou da doença renal apresentada até então (uma consequência frequente e muito comum em casos de lúpus), essas descobertas informam as mulheres portadoras do vírus sobre as melhores medidas e precauções a serem tomadas, afim de garantir resultados mais favoráveis, para si e para seus bebês.