Adolescentes que optam em praticar a abstinência sexual ou adiam a iniciação sexual por outros motivos, podem desenvolver comportamentos sexuais perigosos quando adultos. Os pesquisadores descobriram que uma combinação de outros fatores também contribui para que isso aconteça, incluindo a genética e meio ambiente, que são os principais fatores que influenciam para uma vida sexualmente promíscua na idade adulta.
Quando se trata de fatores causais para comportamentos sexuais de risco, de fato, isso realmente não fará diferença se houver abstinência sexul ou não. Os riscos citados seriam vida sexual envolvendo múltiplos parceiros, uso de drogas e álcool durante encontros sexuais e relações sexuais desprotegidas. Uma pesquisa foi feita, examinando mais de 1.000 gêmeos idênticos e fraternais, que tinham sido inscritos em programa americano (Brothers Life), que promove estudos sobre gêmeos, desde os 11 anos de idade.
Eles foram questionados em vários fatores relacionados à biologia, incluindo a idade à puberdade e sobre questões psicológicas e sociais. Aos 24 anos, os participantes foram questionados sobre suas vidas sexuais e os riscos relacionados ao comportamento.
Em pares de gêmeos, onde um irmão teve sua iniciação sexual aos 16 anos ou mais jovem e seus irmãos não, os pesquisadores descobriram que os comportamentos sexuais de risco foram idênticos, independentemente da idade em que os gêmeos tenham tido suas primeiras relações sxuais. Segundo eles, isto sugere, que uma combinação de fatores genéticos, como uma tendência a agir impulsivamente e fatores ambientais, tais como ter uma vida familiar instável ou a falta de recursos materiais, estão associados a comportamentos sexuais de risco na fase adulta.
Em suma, eles explicaram, os genes de uma pessoa e também as experiências de vida que ela tem contribuem para o desenvolvimento de sua vida sexual e os caminhos que ela irá seguir ao longo dos anos, e esses caminhos podem ser normais ou não. Todavia, os pesquisadores ressaltaram que eles não defendem a atividade sexual precoce, advertindo que ela pode levar à depressão e afetar negativamente o desempenho escolar, entre outras coisas.
De fato, é muito importante que isso fique claro, pois a iniciação sexual precoce pode trazer uma série de problemas para o adolescente, tanto psicologicamente quanto fisicamente. A iniciação sexual precoce é cada vez mais comum atualmente, cerca de 40% dos adolescentes brasileiros relataram ter iniciado suas vidas sexuais antes dos 16 anos, sendo que, a maioria desses adolescentes afirmam ter se arrependido de ter tido suas primeiras relações sexuais tão cedo.
Pior que o arrependimento são riscos que a iniciação sexual precoce oferece, como doenças sexualmente transmissíveis e gravidez. O equilíbrio continua sendo a melhor opção, é importante entender que cada pessoa tem o próprio ritmo de desenvolvimento, por isso, comparações não devem ser feitas, pois a hora certa para iniciação sexual de uma pessoa pode não ser a hora certa para outra. Continua valendo as sábias palavras de nossos avós; “Tudo tem a sua hora”.