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Anormalidades cerebrais em crianças com TDAH – Transtorno do déficit de atenção e hiperatividade

Os cérebros de crianças com déficit de atenção (TDAH) mostram anormalidades em certas áreas envolvidas com a “atenção visual”. Pesquisadores realizaram exames de ressonância magnética funcional (fMRIs) em 19 crianças, com idades entre 9 e 15 anos, diagnosticadas com TDAH e 19 crianças sem a doença. Enquanto as crianças passaram por um teste, em que foram apresentados um conjunto de números que deveriam ser lembrados posteriormente.

O teste requer que as crianças prestem mais atenção e mantenham o foco, a fim de lembrar o conjunto de números apresentado. Um fMRI é um tipo de ressonância magnética mais complexo, usado ​​para medir a atividade cerebral. Os exames mostraram que as crianças com TDAH tem menos atividade no lobo frontal, lobo parietal e do lobo temporal.

Essas regiões do cérebro também foram associadas com a atenção e a memória de trabalho. Crianças com TDAH também mostraram diferenças na conectividade cerebral entre certas regiões, incluindo anormalidades a “curto alcance”, “longo alcance” e “através do hemisfério”.

O que isto nos diz é que as crianças com TDAH  utilizam parcialmente diferentes vias funcionais do cérebro para processar essas informações. TDAH afeta de 5% à 8% de crianças em idade escolar, seus sintomas, que podem persistir na vida adulta, incluem desatenção, hiperatividade e impulsividade além do que é normalmente visto, dada a idade da criança e seu desenvolvimento.

Apesar dos pesquisadores afirmarem que as anormalidades de conectividade do cérebro poderiam eventualmente serem usadas como uma ferramenta de diagnóstico para o TDAH, outros especialistas dizem que ainda há muito à ser aprendido para que essa idéia seja de fato afirmada. Por isso, mais estudos  devem ser realizados, para determinar as diferenças de conectividade observadas nos exames (fMRI), que são exclusivamente vistas em crianças com TDAH e também em crianças com outras condições.

Embora os resultados estejam muito longe de ser uma ferramenta de diagnóstico, eles sugerem que um mecanismo do cérebro está diretamente associado aos sintomas de TDAH. Não existe um teste único para TDAH, atualmente, os médicos diagnosticam TDAH utilizando informações sobre o comportamento de uma criança dadas pelos pais e as informações dos exames médicos, a fim de descartar outras possíveis condições.

De fato, diagnosticar o TDAH ainda é muito difícil, por causa de sua grande variedade de sintomas comportamentais. Por isso, estabelecer um biomarcador de imagem (confiável) do TDAH seria uma grande contribuição para o tratamento dessa condição.

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