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Autismo e Síndrome de Asperger – Falhas de diagnóstico

Se os profissionais da saúde diagnosticarem uma criança com autismo ou com uma forma mais branda de seu neurodesenvolvimento, como a síndrome de Asperger, não deve ser determinado apenas pelos sintomas da criança, mas pela forma e profundidade como a criança é avaliada, segundo um novo estudo. Pesquisadores encontraram grande variabilidade nos centros de autismo em todo o país e nos os critérios usados ​​para determinar se uma criança deve ser diagnosticada com “transtorno autista” ou receber o diagnóstico de um subtipo de autismo, incluindo transtorno invasivo do desenvolvimento e síndrome de Asperger.

Os autores do estudo afirmaram que as descobertas apoiam o movimento crescente entre alguns especialistas em autismo para acabar com distinções como Asperger, ao invés de colocarem todo mundo que atenda à determinados critérios sob o mesmo “guarda-chuva”. No estudo, os pesquisadores coletaram dados de cerca de 3 mil crianças, de 4 a 18 anos, que preencheram os critérios para um transtorno do espectro do autismo.

As crianças foram submetidas a uma bateria de testes comumente usados ​​para medir a linguagem, pensamento e a capacidade de comunicação e comportamento. Esses exames foram enviados para diferentes clínicas especializadas, afim de encontrar possíveis divergências.

E de fato foi o que ocorreu, na primeira clínica cada criança foi diagnosticada com autismo; nenhuma criança foi diagnosticada com Asperger ou PDD-NOS. Por outro lado, em um outro local cerca de 40% das crianças foram diagnosticadas com Asperger e 40% com PDD-NOS, restando apenas 20% com autismo.

A razão para a inconsistência que cada clínica parecia estar usando seus próprios conceitos e critérios para fazer o diagnóstico. Por exemplo, em uma dessas clínicas, as crianças com um QI de mais de 70 receberam um diagnóstico de Asperger, enquanto em outro local, as crianças tinham que ter um QI de 115 para receber o diagnóstico de Asperger.

Cerca de 61% de crianças com graves problemas de linguagem, comunicação e déficits sociais e de comportamento, com todos os sinais clássicos de autismo, haviam boa consistência entre os vários centros no diagnóstico do autismo.

entanto, em 39% das crianças com problemas mais leves, houve inconsistências em saber se a criança fapresentava autismo, Asperger ou PDD-NOS. Dadas as distinções sutis entre os subtipos de transtorno do espectro do autismo, não é de se estranhar que essas clínicas não foram consistentes na forma como aplicaram esses diagnóstico.

No futuro, é provável que não irão mais tentar classificar os indivíduos do espectro do autismo em subtipos diferentes. Além disso, não fará tanta diferença se uma criança é diagnosticada com síndrome Asperger ou autismo, pois o tratamento será praticamente o mesmo.

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