Um novo estudo realizado na Inglaterra, revela que bebês prematuros podem desenvolver alterações no cérebro como resultado do estresse causado nas unidades de terapia intensiva neonatal. Esses bebês devem receber cuidados adicionais, como acompanhamento para monitorar o funcionamento do cérebro durante sua infância. Experiências estressantes, que vão desde mudanças de fraldas para intubação, podem contribuir para o desenvolvimento de cérebros menores e comportamento motor anormal, de acordo com o novo estudo ( publicado na revista “Life”).
As descobertas sugerem que a exposição ao estresse reduz o tamanho do cérebro no início da vida dos bebês prematuros e podem trazer consequências a longo prazo, no entanto, esses efeitos ainda são desconhecidos. Pesquisas anteriores já haviam constatado que o volume do cérebro de um recém-nascido indica o seu desenvolvimento neurológico na infância. Na condução do estudo, os pesquisadores analisaram cerca de 44 bebês prematuros, nascidos antes da gestação de 30 semanas (24 horas após seu nascimento).
Eles avaliaram os níveis de estresse que esses bebês foram expostos, (que vão desde os cuidados de enfermagem de rotina para procedimentos médicos mais invasivos) e avaliaram sua estrutura e função cerebral usando ressonância magnética. A exposição média/diária de estresse que os bebês sofreram foi maior nas duas primeiras semanas de vida.
O aumento do estresse estava ligado à diminuição da largura frontal e parietal do cérebro. Os pesquisadores também descobriram que os cérebros dos bebês mostravam alterações em sua microestrutura e conectividade funcional dentro dos lobos temporais. Os bebês expostos a quantidades maiores de estresse nas duas primeiras semanas de vida também apresentaram padrões de movimentos anormais e menor pontuação referente ao reflexo.
Os autores do estudo afirmaram que são necessárias mais pesquisas sobre a exposição ao estresse entre bebês prematuros para que melhores resultados sejam alcançados.
Cerca de 14% dos partos realizados no Brasil são de bebês prematuros (nascidos antes de 30 semanas de gestação), sendo que, até 59% destas crianças apresentam dificuldades sociais, problemas cognitivos e problemas emocionais. Vale lembrar que os cuidados e as mudanças no estilo de vida da gestante são muito importantes para a saúde do bebê, a curto e a longo prazo. Por isso, a gestante deve evitar aborrecimentos ou situações que possam causar forte estresse.
Uma boa alimentação, com muitas frutas e verduras ajuda consideravelmente na saúde do bebê, além de outros hábitos saudáveis, como dormir bem, se manter hidratada e não fazer uso de álcool e cigarro. Seguindo estas dicas você estará garantido a sua saúde e a saúde de seu bebê.