Os sintomas muitas vezes não são alarmantes: dor de estômago, dor de cabeça, fadiga, dentre outros. Mas eles tendem a vir em dias de semana, especificamente quando a criança deve ir para a escola. Psicólogos chamam de evasão escolar, e ela pode assumir diferentes formas em várias faixas de idade. Os números exatos são difíceis de encontrar, mas a evasão escolar continua sendo um problema sério.
Os profissionais da escola também desempenham um papel importante na saúde emocional de seus alunos, por isso, toda ajuda será bem vinda. Frequentemente, as crianças que evitam a escola estão reagindo à pressão, sendo ela real ou percebida. Muitas vezes os adultos não percebem a pressão que a escola pode oferecer a uma criança, em termos acadêmicos, a aparência, as atividades, etc… Na maioria dos casos as crianças estão apenas sobrecarregadas, e se uma criança tem uma propensão para a ansiedade, principalmente predisposição genética, há uma maior probabilidade de ansiedade e problemas relacionados.
Em alguns casos, a evasão escolar reflete problemas familiares, como por exemplo a separação dos pais. Já em outros casos, pode ser que exista uma fobia social, que é um distúrbio muito mais grave. Vários estudos tem detectado um aumento da evasão escolar durante o ensino médio e principalmente durante o primário.
Os pais podem tentar discernir entre queixas físicas legítimas e sintomas de evasão escolar, no entanto não devem medicar a criança por conta própria, devem buscar ajuda médica para encontrar as causas reais das queixas. Se não houverem fatores físicos e as dores de cabeça persistirem, pode-se assumir algum problema psicogênico .
Isso não quer dizer que a criança não terá dor de cabeça, no entanto, a causa do problema deve ser tratada. Se as crianças apresentam problemas com trabalhos escolares, pode indicar uma dificuldade de aprendizagem, que precisa ser diagnosticada e abordada antes que a criança possa se sentir insegura e desconfortável na escola.
É muito importante saber por que as crianças acham a escola é um lugar horrível, conhecer os motivos pelos quais a crinça desenvolveu uma visão tão negativa da escola. Com crianças muito jovens, que ainda não se acostumaram a ficar sem mãe por perto, o processo deve acontecer gradualmente, conversando com os filhos e expondo-os à nova situação. Mais uma vez, as intervenções comportamentais podem beneficiar a criança.
Além disso, algumas escolas irão modificar os seus horários, deixando os alunos, por vezes, estundando em casa. Se a depressão se encontra na raiz da ansiedade, os pais podem considerar o uso de medicamentos (com indicação médica), embora seja menos comum.