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Pressão arterial elevada na gravidez e o risco de defeitos congênitos

Embora as gestantes que apresentem pressão arterial mais elevada enfrentem um risco maior de dar à luz a um bebê com defeitos congênitos, uma nova pesquisa indica que os medicamentos normalmente usados ​​para tratar pressão alta não irá potencializar ainda mais esse risco. A descoberta sugere que a classe de medicamentos amplamente utilizados pra combater a pressão arterial elevada são seguros para uso durante o primeiro trimestre de gravidez.

Os resultados do estudo preenchem um pedaço do quebra-cabeça em relação ao uso de tais medicamentos, já que pesquisas anteriores haviam indicado que os inibidores da pressão arterial elevada podem ser tóxicos para o feto se usado no segundo e no terceiro trimestre de gravidez. A descoberta sugere que é provável que a hipertensão subjacente, ao invés do uso de drogas anti-hipertensivas no primeiro trimestre, seja o principal fator no aumento do risco de defeitos congênitos nos recém-nascidos. Os autores chegaram à sua conclusão depois de analisar os dados coletados entre 1995 e 2008, em quase 465 mil mães e crianças.

A linha inferior: mulheres grávidas com pressão arterial elevada deram à luz correndo um risco semelhante, em que seu bebê nasceria com algum tipo de defeito de nascença, obviamente, a superdosagem de medicamentos que combatem a pressão alta pode aumentar o risco de defeitos congênitos, principalmente quando somada a outros fatores.

Os autores do estudo observaram que ter pressão alta durante o primeiro trimestre fez aumentar o risco de defeitos de nascimento em relação a mulheres grávidas sem pressão arterial elevada. Mas a análise apontou para a doença em si, ao invés do tratamento, como a principal causa de preocupação.

A constatação de que não há um aumento de má formação congénita por conta do uso de medicamentos para pressão alta é reconfortante, no entanto, se for possível evitar o uso de tais medicamentos, principalmente no início da gravidez (3 meses), com certeza os riscos de defeitos congênitos irão cair ainda mais.

Embora o estudo tenha sido completo e bem detalhado, ele não apresentou dados sobre o uso de outros medicamentos. Por isso, novas pesquisas já estão sendo realizadas, que analisarão os efeitos de outros medicamentos durante a gravidez. De fato, novas pesquisas são necessárias, que mostrarão mais detalhes sobre os outros problemas médicos subjacentes e características maternas, assim como todos os medicamentos que tem sido utilizados ou não durante a gravidez.

Vale lembrar que antes de fazer uso de qualquer medicamentto (principalmente durante a gravidez) é fundamental consultar um médico.

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