Vários fatores que aumentam o risco para diferentes tipos de complicações e de morte logo após a cirurgia da coluna estão descritos em um novo estudo. As complicações após a cirurgia da coluna podem ter um impacto substancial na qualidade de vida dos pacientes, bem como o resultado do procedimento cirúrgico primário. O novo estudo foi publicado na 12° edição da revista “Nova Vida”.
Para o estudo, os pesquisadores examinaram dados de cerca de 4.000 pacientes, com idades entre 16 e 90 anos. Esses pacientes já haviam realizado a cirurgia da coluna (entre 2006 e 2010). As cirurgias foram feitas para tratarem algumas condiçoes, tais como hérnia de disco, estenose espinhal (estreitamento do canal espinhal) e doença degenerativa do disco. A taxa de complicações em até 30 dias após a cirurgia foi de 7,6% (cerca de 260 pacientes). As principais complicações incluíram trombose venosa profunda (coágulos sanguíneos profundos nas pernas), sepsis, infecções de feridas profundas e a necessidade (não planejada) de acompanhamento pós-cirurgia.
Houveram também complicações menos graves, como infecções do trato urinário, pneumonia, infecções de feridas e feridas superficiais. Os fatores de risco para complicações incluíram a idade avançada dos pacientes, insuficiência cardíaca congestiva, histórico de ataques cardíacos, problemas neurológicos (antes da cirurgia), histórico de infecção da ferida espinhal, a utilização de corticosteróides, histórico de sepsis e quando havia sido necessário um longo tempo de cirurgia.
A taxa de óbito entre os pacientes após 30 dias a cirurgia da coluna, foi de 1% (35 pacientes). A idade dos paciente mais velhos e os problemas da ferida cirúrgica aumentaram o risco de morte de forma significativa. As novas descobertas são relevantes e precisam ser mantidas em perspectiva por pacientes que estão considerando fazer uma cirurgia da coluna.
Existem muitos estudos que ilustram a segurança e a eficácia da cirurgia da coluna, e a intenção deste trabalho não era somente alarmar a população que sofre com esse tipo de problema, e sim informar os possíveis riscos que se pode enfrentar.
Na verdade, o objetivo foi identificar condições médicas e outros fatores que poderiam ser abordados antes da cirurgia, para melhorar ainda mais a segurança da cirurgia da coluna e ajudar a alcançar os melhores resultados possíveis para os pacientes.
Os pesquisadores que realizaram o estudo se dizem satisfeitos com os resultados, pois a nova pesquisa permitirá que cirurgiões, pacientes e suas famílias tenham um diálogo mais aberto sobre os potenciais riscos antes da cirurgia, avaliando se a cirurgia realmente seria a melhor opção de tratamento.