Pesquisadores britânicos descobriram que famílias com crianças que sofrem de alergias muitas vezes questionam se a alergia é real ou se é apenas um “capricho” da crinça. Muitos pais também relatam que a alergia de seus filhos muitas vezes é subestimada por outras pessoas, sendo vista como uma idéia neurótica dos pais ou da própria criança. No estudo, publicado na revista “New Life”, os pesquisadores entrevistaram 30 famílias, incluindo pais, crianças e adolescentes, onde foi analisada a maneira como a família reage a situações que podem oferecer risco à uma criança alérgica.
Na grande maioria dos casos, as crianças que são alérgicas a certos tipos de alimento podem apresentar reações extremas quando consomem esses alimentos. Os pais descrevem esse tipo de experiência como assustadora, pois a sensação de impotência é muito grande. Em muitos casos, essas crianças devem receber tratamento imediato quando os primeiros sintomas da alergia começam a aparecer, sendo que, os pais desconhecem a alergia dos filhos e não sabem que medidas devem ser tomadas.
Milhões de crianças no mundo inteiro, ou cerca de uma em cada 12 crianças, são alérgicas a pelo menos um alimento. No topo da lista de alimentos que mais causam alergia estão: amendoim, leite, ovos e frutos do mar. Entre as crianças com alergia alimentar, 25% são alérgicas a amendoim e 13% são alérgicas a nozes.
O amendoim pode causar uma grave reação física que é potencialmente fatal, conhecida como anafilaxia. Essa reação apresenta os sintomas de respiração ofegante, vômitos, inchaço, tosse persistente (que indica inchaço das vias respiratórias), e uma queda perigosa da pressão arterial.
Vários medicamentos tem sido testados para combater diretamente diversos tipos de alergia, entretanto, por enquanto o principal tratamento para alergia a amendoim seria evitá-lo. Os pais são orientados a ter EpiPens (que contêm epinefrina/adrenalina) sempre a disposição, para que seja utilizado caso ocorra alguma crise alérgica.
Para proteger os seus filhos é muito importante que os pais tenham o hábito de ler os rótulos de alimentos, se tornando vigilantes, afim de manter os alimentos alérgenos fora de casa. Porém, criar um “ambiente seguro” é muito mais difícil fora de casa, como por exemplo em escolas, restaurantes, aviões, ou quando os filhos estão sob os cuidados de outras pessoas. Por incrível que pareça, muitos pais fazem seus filhos consumirem os alimentos que causam alergia para verificar a veracidade da mesma, sem imaginar o perigo que estão causando a vida de seus filhos.
Essas alergias não devem ser questionadas ou subestimadas de modo algum, pois em muitos casos podem provocar falta de ar, garganta fechada e queda significativa da pressão arterial, que se não for tratada imediatamente, pode levar à morte.