Obviamente, a maioria das pessoas já deve ter sentido certo nervosismo antes de falar em público ou em qualquer outra situação que acabe nos expondo. Para algumas pessoas, no entanto, essa constante timidez pode se tornar incapacitante e atrapalhar consideravelmente a sua vida prática, pois acabam se tornando incapazes de realizar uma apresentação no trabalho ou na escola, ou de se falar e se apresentar em público.
Especialistas em saúde mental tem um termo para esta extrema timidez: fobia social. De acordo com o manual oficial dos psiquiatras, a fobia social é termo mais usado para diagnosticar pacientes com essas dificuldade, também conhecida como desordem de ansiedade social, que ocorre quando as pessoas sentem ansiedade antes (ou durante) as situações sociais. Essa situação torna-se tão avassaladora e persistente que interfere no estilo de vida do indivíduo, fazendo que os mesmos evitem situações que possam desencadear os sintomas. Em um estudo financiado pelo governo, analisou o comportamento de diversos adolescentes, afim de encontrar as possíveis causas da fobia social nos jovens.
Os pesquisadores concluíram que se trata de um distúrbio psiquiátrico, que deve ser separado da timidez humana normal. Além disso, a fobia social aumenta o risco de problemas de saúde e requer tratamento. O estudo incluiu uma amostra representativa de âmbito nacional (Itália), cerca de 10.000 adolescentes, entre as idades de 13 e 18 anos.
Os participantes foram monitorados, onde os pesquisadores analisaram a timidez e uma série de outras características psicológicas (junto com seus pais, em alguns casos). Metade das meninas e 43% dos meninos afirmaram que estavam “um pouco” ou “muito” tímidos, ou que se sentiam assim boa parte do tempo.
Daqueles adolescentes, 14% preencheram os critérios para a fobia social, que foram esboçadas no Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais, que médicos e companhias consultam para classificar os pacientes.
Os adolescentes com fobia social apresentaram dificuldades em suas vidas sociais, relações familiares, e no desempenho na escola ou no trabalho, comparado com aqueles que se sentiam apenas tímidos, segundo o estudo. Na verdade, existem vários fatores que podem causar o desenvolvimento de fobia social, desde fatores orgânicos até o ambiente em que a pessoa vive.
Além disso, muitas pessoas desenvolvem a fobia social após sofrer um abalo emocional, como a perda de um ente querido, o fim de um relacionamento, dentre outros. Por isso, é fundamental consultar um médico antes de fazer uso de qualquer medicamento, pois é importante indentificar a causa para combater a fobia social de forma mais eficaz.