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Uso da maconha associado ao risco de depressão

Novos estudo revelam que o uso da maconha aumenta o risco de depressão em jovens que são geneticamente suscetíveis à desordens de saúde mental. Cerca de dois terços da população apresenta a variante do gene da serotonina (5-HTT), que aumenta a vulnerabilidade à depressão, afirmaram os pesquisadores que foram responsáveis pelo estudo, realizado na Holanda. Eles analisaram dados coletados de 480 famílias (com dois filhos adolescentes ou mais), por mais de 6 anos. Os jovens prestaram informações anuais sobre o seu comportamento e sintomas depressivos.

O estudo encontrou uma forte associação entre o uso da maconha e um aumento nos sintomas depressivos entre aqueles que apresentavam o gene variante. De fato, foi possível notar que o efeito é significativo, mesmo levando em conta uma série de outras variáveis ​​que poderiam causar o mesmo efeito, como o hábito de fumar, uso de álcool, educação, personalidade e status sócio-econômico.

Algumas pessoas podem pensar que os jovens que apresentam uma disposição para a depressão iriam começar a fumar maconha como uma forma de automedicação, e que a presença de sintomas depressivos é, portanto, a causa do consumo da mesma.

Embora o efeito imediato da maconha possa ser agradável e causar uma sensação de euforia, a longo prazo foi possível abservar que o consumo da mesma leva a um aumento dos sintomas depressivos em jovens com esse genótipo específico. Atualmente, muito se discute sobre a legalização da maconha, onde há um verdadeiro cabo de guerra, com defensores em uma ponta e opositores na outra.

Vários estudos já mostraram os benefícios da maconha, a própria Associação Americana para Pesquisa do Câncer já informou que o uso da maconha é capaz de desacelerar o crescimento de diversos tipos de câncer.

Também já foi provado que a maconha traz benefícios em relação ao glaucoma, esclerose múltipla, enxaqueca, tourette, toc, doenças crônicas, dentre outros. Por outro lado, pesquisas afirmam que o uso da maconha pode reduzir a defesa das pessoas às doenças. Além disso, os efeitos da maconha poderiam comprometer a capacidade de dirigir e operar máquinas que possam oferecer algum tipo de risco. Por isso, a decisão do uso e a questão da legalização devem ser muito bem pensados, pois é uma faca de dois gumes.

Na Holanda, a maconha é livremente consumida, porém, se trata de um país de primeiro mundo, a legalização da maconha em um país como o Brasil talvez não seria tão oportuna. Obviamente, com a legalização da maconha teriamos benefícios, como a redução do tráfico de drogas e problemas relacionados. Por isso, a questão deve ser bem analisada para que se chegue à uma decisão positiva para a população geral.

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