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Alimentação Árabe – Parte 1

Muitas pessoas conhecem a comida árabe somente pela disseminação dos fast food, contudo ela vai muito além de esfihas e quibes. Os árabes já passaram por mais de 4000 anos de história, com isso a sua cultura sofreu influências conforme sua disseminação.

Definir a origem da cozinha árabe é uma tarefa complicada, alguns acreditam que foi das civilizações que povoaram o “crescente fértil” (região da mesopotâmia, entre os rios Tigre e Eufrates) que se propagou para países vizinhos como Egito, Creta e Pérsia. Nesses rios, além da prática da pesca, já eram usados sistemas de irrigação que cultivavam legumes, cereais e frutas.

Delicia Árabe

Da criação do gado aproveitava-se muito o leite para fazer coalhadas e outros derivados.

Nota-se que a variedade é enorme não somente nos alimentos e temperos usados, mas principalmente nas preferências dos diversos povos e culturas que foram todos englobados em um grupo chamado árabes.

Quando entramos no quesito ervas e especiarias, um ícone famoso do Oriente Médio, deve-se ter muito cuidado, mesmo sabendo que a possibilidade de combinações desses são inúmeras, pois esses povos valorizam muito o sabor dos alimentos que irão consumir.

Portanto, esses temperos devem servir apenas para realçar o sabor sendo adicionados na quantidade certa. Por exemplo, há quem não goste de misturar hortelã no quibe por acreditar que se perde o sabor da carne.Comida Árabe

Para que possamos conhecer um pouquinho desses temperos segue abaixo uma pequena lista:

Canela – kirfy: Apesar de existir uma enorme variedade as usadas são a canela do Ceilão e a canela da China que aparecem indistintamente em pratos doces e salgados.

Cravo-da-índia – kabssh kurnful: uma das mais antigas especiarias utilizada em doces.Quando em pratos salgados, normalmente está associado com canela.

Mahleb – semente encontrada somente em empórios árabe, triturada e aplicada como aromatizante de massas.

Hortelã – naaná: citada na mitologia grega é indispensável no tabule e inúmeros outros pratos.

Mech – feijão pequeno usado somente para fazer sopas.

Trigo – burghul: vendido de diversas formas, cada um tem sua utilidade:
-trigo inteiro: para sopas (deve ficar sempre de molho na véspera)
-trigo grosso: usado como substituto do arroz
-trigo fino: para fazer quibe, tabule.

Autor(a): Larissa Galastri Baraldi (graduanda nutrição USP e estagiária da Nutrociência Assessoria em Nutrologia)

Sono: Um Bem Necessário

Alimentação Árabe – Parte Final