Publicações de estudos recentes feitos ao longo de mais de 10 anos com mais de 14 mil pessoas, na Universidade de Harvard, nos Estados Unidos, comprovou que a suplementação diária de minerais e vitaminas não reduz o risco de doençascardíacas. Mas, quando se trata de câncer, qualquer que seja o tipo, notou-se uma redução de 8% no risco de desenvolver a doença para as pessoas que tomam suplementação de vitaminas de venda livre, daquelas compradas sem receita médica em qualquer farmácia.
Tais resultados, como era de se esperar, causaram surpresas, pois existe a crença de que o consumo regular de vitaminas e minerais protege o organismo e, consequentemente, o mantém protegido de várias doenças. Estaria essa crença errada? Esses estudos são conclusivos? O que pensar, afinal?
Os, especialistas divergem, mas o posicionamento majoritário defende que o consumo de vitaminas, pode sim, prevenir doenças, mas depende da doença e da vitamina. É, o consumo aleatório não é uma boa ideia!
Se tratando do câncer, por exemplo, sabe-se que uma dieta equilibrada, rica em vitaminas e minerais, pode sim, ajudar a prevenir a formação de tumores, assim como hábitos saudáveis de vida, como a prática regular de exercícios físicos a exclusão do fumo da vida diária. O fumo, vale lembrar, é comprovadamente um agente causador de câncer, não só de pulmão, mas de vários tipos.
Vale lembrar que, nos dias de hoje, com o consumo cada vez maior de alimentos industrializados e fast food, quase ninguém – e isso acontece em todo o mundo – consegue consumir a quantidade ideal de vitaminas, minerais e demais nutrientes recomendados diariamente, o que gera, é claro, uma carência de nutrientes que precisa ser sanada.
A título de ilustração, pesquisas feitas aqui no Brasil revelaram que a população do país, em sua absoluta maioria, não ingere diariamente a quantidade adequada de minerais e vitaminas, e isso independe do nível sócio econômico! É, mesmo quem ganha muito continua comendo menos nutrientes do que o necessário.
Por causa desses dados é que muitos médicos, nutrólogos e estudiosos defendem o uso de suplementos de vitaminas e minerais, para dar ao organismo o que ele precisa para funcionar corretamente, turbinar o sistema imunológico e, assim, ajudar na prevenção de doenças.
Mas, apesar dessa recomendação, é preciso cautela quanto ao consumo, pois o excesso de vitaminas e minerais causa tantos males como a sua deficiência. Um ramo que indica bastante, mas de forma individualizada, o consumo de micronutrientes diversos é a chamada medicina ortomolecular, cujos profissionais costumam prescrever algumas vitaminas regularmente. Especialistas alertam, contudo, que essa prática não está correta, pois altas doses de vitaminas sobrecarrega o fígado e os rins, dentre outros órgãos.
Para quem tem dúvidas quanto a necessidade de suplementação, a recomendação é buscar a ajuda de um nutrólogo ou nutricionista de confiança que, através de exames diversos, como exames de sangue, mineralograma e até o chamado inquérito alimentar de 24 horas, vai verificar quais nutrientes estão em deficiência (e se estão em deficiência), e orientar a suplementação (ou não).