Atualmente, com o avanço da tecnologia, existem diversas empresas (pequenas ou grandes) que precisam de funcionários que trabalhem durante a noite para que seja possível dar conta da grande demanda de serviço. Geralmente, o trabalho noturno é bem remunerado, pois implica em uma mudança significativa na vida de uma pessoa. No entanto, a pergunte é: Trabalhar a noite faz mal à saúde? Mulheres cujos empregos obrigam-as a rodar por turnos diurno e noturno, podem estar aumentando o risco de diabetes, especialmente se elas mantêm essa programação durante um longo período de tempo.
O risco de uma mulher de desenvolver diabetes tipo 2 aumenta progressivamente com os anos de trabalhos noturnos, constatou o novo estudo. Comparado aos enfermeiros que trabalhavam apenas alguns dias, quem trabalhava à noite periódicamente por apenas três anos foram 20% mais propensos a desenvolver diabetes tipo 2, enquanto que aqueles que trabalharam nessas condições por pelo menos 20 anos de trabalho, eram quase 60% mais propensos a desenvolver a doença.
O aumento do risco não é grande, mas é considerável e pode ter importantes implicações na saúde pública, dado que quase um quinto da força de trabalho é em algum tipo de rotação do turno da noite. Grande parte do aumento no risco de diabetes pode ser explicado pelo ganho de peso, que é um efeito colateral comum e bem conhecido por pessoas que trabalham durante a noite, o que perturba os horários das refeições e força a pessoa a dormir em horários que não proporcionam um sono reparador, de maneira que seguir um estilo de vida saudável pode ser um desafio.
Horas de trabalho irregulares tendem a perturbar os ritmos circadianos do corpo (também conhecidos como o “relógio biológico”), que desempenham um papel fundamental na manutenção do metabolismo de açúcar no sangue e equilíbrio energético. Estudos anteriores em humanos e em animais tem demonstrado que a privação de sono e ciclos de sono irregular pode levar à resistência à insulina e aumento de açúcar no sangue, que são as características de diabetes.
Nosso relógio interno pode influenciar nossa capacidade de metabolizar certos alimentos em certos momentos. Se você atacar a geladeira para um lanche de fim de noite, as enzimas e sistemas necessários para transformar alimentos ricos em gordura em energia podem não estar em alerta o suficiente para lidar com a barragem, e como resultado, essas calorias podem acabar como gordura, em vez de combustível.
Da mesma forma, uma refeição com bacon e ovos pode ser menos saudável se nós comemos depois do pôr do sol do que após o nascer do sol. Nos últimos 25 anos, os pesquisadores se concentraram muito em questões de estilo de vida, como manter uma dieta saudável e evitar o sedentarismo. Mas, independentemente de ser um trabalhador noturno ou não, você deve estar atento em relação à sua saúde.