Para falar de qualidade de vida é preciso, primeiro, falar de saúde, que nada tem a ver com a ausência de doença. Saúde, de acordo com a Organização Mundial de Saúde, é “o estado de completo bem-estar físico, mental e social, e não meramente a ausência de doença e de enfermidade”.
Assim, saúde está intrinsecamente relacionada com a qualidade de vida, que é influenciada por diversos fatores, como os econômicos, ambientais, educacionais, ocupacionais e sociais.
De acordo com o exposto pela OMS, a qualidade de vida tem a ver com a percepção da pessoa em relação a sua posição na vida, incluindo aqui suas metas, expectativas e vivências dentro da cultura na qual está inserida.
Simplificando, a qualidade de vida está relacionada ao desenvolvimento humano, com como você se relaciona com a sua vida, com as pessoas que te cercam, com o seu equilíbrio mental, emocional e físico.
Tem qualidade de vida quem tem hábitos saudáveis, quem cuida do corpo, da mente, da alma, quem tem controle sobre a própria vida, quem tem tempo para si, quem se dedica a si mesmo, quem sabe, diante das mais diversas circunstâncias, manter o controle, quem vivencia o tão falado bem-estar.
Há quem entenda que padrão de vida esteja absolutamente relacionado com qualidade na vida, o que é um erro. Padrão de vida é medido pelo quanto de dinheiro e bens materiais que a pessoa possui, enquanto que qualidade de vida é medida pela forma como a sua vida é vivida, independente da classe social a qual você pertença.
Sim, há quem tenha um padrão de vida altíssimo e uma qualidade de vida péssima, e o contrário também é verdadeiro.
A qualidade de vida não significa uma vida confortável. Não significa viagens, bens materiais, carros luxuosos, closets lotados, fama, sucesso ou status social. Ela vai muito mais além, e é também mais simples e mais barata. É um sentindo de realização, de aproveitar a vida que se tem com tranquilidade, com generosidade, com alegria.
Qualidade de vida é ter tempo. Tempo para viver, tempo para realizar, tempo para não ter tempo, porque o tédio, ah, esse nada tem a ver com qualidade de vida. Quem não consegue dar atenção a todas as áreas da vida não tem qualidade de vida. Pode até ter dinheiro e sucesso, mas não existe aí o sentido de realização.
Ser viciado em trabalho não significa não ter qualidade de vida, mas ser viciado só em trabalho e esquecer todas as outras coisas, por falta de tempo, que nada mais é que questão de prioridade, significa sim, uma qualidade de vida muito baixa.
Para ter qualidade de vida é preciso rever alguns valores, rever o que realmente você quer, o que realmente te faz bem e vivenciar isso. Não se pode viver de acordo com as expectativas alheias ou com os padrões impostos, mas sim, viver de acordo com o que se acredita, se quer, se deseja. O que você quer? O que você deseja? Qual a vida que você quer viver?
Pense nisso!
