Estatísticas comprovam que as separações vêm aumentando dia após dia, sendo que, nos últimos dez anos, houve um aumento de 20% de separações no país.
Contudo, é crescente também, o número de casamentos realizados, não só por aqui, mas em todo o mundo. Mas se o casamento continua em alta, se as pessoas continuam investindo na “instituição, porque será que os casais não conseguem levar adiante o compromisso que firmaram?
Quem se casa imaginando que conto de fadas existe, tende a se separar rapidamente, porque a vida real, com os desgastes causados pela rotina e pelos problemas do dia-a-dia, afasta a teoria de conto de fada, de casais perfeitos, sem brigas, sem desavenças, que vivem como os casais de comercial de margarina.
Duas pessoas diferentes, com temperamentos diferentes, personalidades diferentes, criações diferentes e histórias de vidas diferentes nunca conseguirão conviver sem discordâncias, é impossível. Portanto, para que a convivência funcione, é preciso que um conheça exatamente os defeitos e qualidades do outro e saiba lidar com tudo isso.
Acontece que, muita gente se casa sem “conhecer” o outro e quando a convivência faz com que esse outro “mostre as caras”, a pessoa não reconhece nele a pessoa com a qual se casou e decide se separar. É válido? Claro, mas antes se deve avaliar a possibilidade de fazer a chamada terapia de casal.
Não, a terapia de casal não fará do seu um relacionamento perfeito, mas ajudará o casal a resolver os conflitos que porventura apareçam (e sempre aparecem). Isso é de fundamental importância porque, muitas vezes, um sequer se dá ao trabalho de ouvir e tentar entender os motivos do outro, o que é um problema grave, porque cada cabeça é um mundo e cada um entende e interpreta as coisas de acordo com as suas próprias experiências, que são completamente diferentes das experiências do outro.
Assim, o terapeuta poderá ajudar o casal a enxergar a relação pelos olhos do outro e não só pela própria visão, o que promoverá uma recontextualização das situações vividas, com percepção mais ampla dos problemas, o que ajuda na reestruturação da relação.
Um fato muito comum nos casamentos de hoje é que as pessoas parecem “jogar em times opostos” e encarar o outro, que deveria ser o seu/sua parceiro(a), como “inimigo”. Assim, entra-se em um jogo de acusações e de culpa que parece não ter fim e o intuito, ao que parece, é “sair ganhando”. Só que esse “sair ganhando” muitas vezes causa o fim dos relacionamentos.
Quem quer levar qualquer tipo de relação adiante, precisa rever também as próprias atitudes e, caso seja necessário, assumir a responsabilidade de reavaliá-las e mudá-las. Nisso o terapeuta é essencial, pois na grande maioria das vezes, a pessoa culpa tanto o outro que esquece de avaliar as próprias atitudes.
Com a ajuda de um terapeuta é possível buscar soluções viáveis, que beneficiem as pessoas envolvidas não só como casal, mas também como indivíduos, o que, sem sombra de dúvidas, é benéfico para a relação.